A agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) disse recentemente que irá avançar para a redução do número de trabalhadores para se adaptar às circunstâncias do mercado, noticiou o New York Times.

A decisão, que irá afectar tanto jornalistas e editores como colaboradores de outras áreas, faz “parte de um plano para reduzir cerca de 8% do pessoal e acelerar a transição para uma organização que dê prioridade ao digital”, explica uma notícia da própria AP.

“Trata-se de garantir o importante papel da AP como a única organização noticiosa verdadeiramente independente em grande escala, num período de transformação na indústria dos media”, descreve a agência.

Em comunicado, o sindicato dos trabalhadores da AP (AP News Guild) disse que os cortes são resultado de uma quebra nas receitas e que cerca de 120 trabalhadores são elegíveis para o programa de saída com indemnização.

Outra parte dos trabalhadores receberão um aviso sobre o seu despedimento, diz a agência.

A AP disponibiliza notícias, fotografias, vídeos, conteúdos áudio e materiais interactivos directamente aos consumidores através do seu site. Mas a parte mais significativa do seu negócio está relacionada com a venda de conteúdos noticiosos a outros meios de comunicação social, dada a vasta rede de correspondentes em todo o mundo.

No último ano, várias empresas noticiosas — incluindo a Gannet, um dos maiores grupos de media nos EUA — deixaram de recorrer aos serviços da AP, pondo a agência numa situação de instabilidade financeira.

A AP tem recorrido à angariação de fundos para ajudar a financiar a sua actividade nacional e local, tendo criado este ano uma organização para esse fim.

(Créditos da imagem: Wikipedia)