Repórter conta em livro as aventuras de uma profissão
No que concerne a imparcialidade, Copeland refere “é fácil dizer, mas é difícil de fazer na prática”, pois considera que todas as histórias que escreveu poderiam hoje ser melhoradas e que o jornalista quer “ser justo com as pessoas, com a história como um todo e, principalmente, com o público”.
Copeland destaca, também, que a empatia é uma competência muito valiosa neste sentido, pois, por vezes, “é necessário colocarmo-nos no lugar das pessoas sobre as quais a história vai ter impacto”.
Em relação à segurança e à protecção dos jornalistas, observa que, actualmente, a profissão é mais perigosa, em especial, no Médio Oriente.
O jornalista trabalhou no Iraque, na Arábia Saudita e no Kuwait e relembra que sentia que tinha uma protecção só por ser jornalista, por ser neutro, e “podia ir e vir entre os dois lados de uma guerra, mesmo no mesmo dia”.
Copeland considera que, actualmente, os jornalistas já são atacados intencionalmente, só pelo facto de estarem em actividade, ao contrário do que experienciou nos anos 80, que “se ficássemos feridos era acidentalmente, porque alguém estava a tentar matar o soldado ao meu lado”.
Mesmo com os riscos da profissão, o jornalista reforça os pontos positivos: “Viajamos, conhecemos pessoas novas e interessantes, aprendemos coisas novas e depois partilhamos isso com todos os outros - e somos pagos.”
Aos jornalistas em início de carreira, sugere que comecem a escrever, nem que seja no seu próprio blog ou redes sociais, e que procurem um part-time ou uma hipótese de acompanhar e conhecer outros jornalistas, salientando que, apesar de ser difícil conseguir um emprego que pague o suficiente para viver, quem gosta mesmo de jornalismo tem de o fazer.
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