Em 2019, a maioria dos jornalistas do “site” de desporto “Deadspin” apresentou a sua demissão, devido às directivas exigidas pela nova empresa-mãe, Univision, que adquiriu a publicação após o título ter declarado falência.
À época, a Univision ordenou que os jornalistas passassem a dedicar-se, unicamente, a temas relacionados com as modalidades, ignorando os aspectos sociais e humanos do desporto.
Assim, os colaboradores demissionários sentiram que passara a haver uma lacuna no panorama mediático norte-americano. Por isso, em 2020, estes profissionais voltaram a reunir-se para criar a “Defector Media”, uma publicação controlada pelos colaboradores, e com um modelo de negócio assente em subscrições.
Em entrevista para a “Columbia Journalism Review”, os jornalistas das “Defector Media” explicaram que o modelo foi traçado tendo em conta a audiência da “Deadspin”, que demonstrou interesse em apoiar o novo projecto.
“De certa forma, temos o modelo de negócio mais simples do mundo”, disse Jasper Wang, responsável pela gestão empresarial da “Defector Media”. “Nós escrevemos artigos que são publicados na internet, e os leitores pagam-nos para terem acesso aos conteúdos. Se compararmos o nosso funcionamento com o das empresas que trabalham com publicidade, temos um ‘modus operandi’ muito simples”.
Assim, mesmo com a pandemia, a “Defector Media” conseguiu iniciar-se no panorama noticioso “online”.
Abril 22
“Um dia após anunciarmos o nosso lançamento, atingimos o patamar de 10 mil subscritores. Alcançámos os 30 mil assinantes em duas semanas, e chegámos aos 40 mil há alguns meses”, acrescentou Wang.
Além disso, o “Defector Media” conta com uma média de um milhão de visualizações mensais.
Wang explicou, ainda, que a “Defector Media” é controlada pelos 19 membros fundadores, sendo que cada um detém cerca de 5% da empresa. Os restantes jornalistas têm, também, direito a uma pequena percentagem do capital.
E, apesar de alguns conflitos e debates sobre o futuro da empresa, estes profissionais têm conseguido assegurar, em conjunto, uma publicação que responde aos interesses dos leitores.
O Observatório Social para a Inteligência Artificial e Dados Digitais da Universidade Nova de Lisboa considera que é importante “antecipar necessidades futuras” e que, para tal, devem ser...
“A crise da deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tornou os pouco mais de 560 projectos informativos, que atendem a comunidades hispânicas norte-americanas, exemplos...
A International Fact-Checking Network (IFCN), do Poynter Institute, anunciou os beneficiários das suas subvenções ENGAGE, ao abrigo do Global Fact Check Fund. A quantia de 2 milhões de dólares...
“A liberdade de imprensa em Portugal enfrenta um conjunto complexo de desafios, que vão desde a opacidade burocrática e a fragilidade económica até às crescentes ameaças colocadas pela...
Nenhum país da América Latina está em guerra, contudo, “a insegurança persiste e os jornalistas sofrem com ela. Não é apenas a criminalidade organizada ou o tráfico de droga que restringem a...
O Observatório da Comunicação (OberCom) lançou o relatório Futuros: Eixos de inovação para os media 2024/2025, que sugere que “a convergência de formatos de apresentação de conteúdo, com...
Os vídeos de animação e grafismo digital parecem ter efeitos benéficos na apreensão da informação noticiosa por parte do público. Quem o diz é Mike Beaudet, repórter de investigação e...
A empresa de inteligência artificial (IA) Perplexity começou a partilhar as receitas da publicidade com as organizações de media suas parceiras, noticia a Press Gazette. O anúncio de que esta...
O verdadeiro negócio das redes sociais não são os serviços de envio e recepção de mensagens, partilha de informações e participação em fóruns que as plataformas disponibilizam aos seus...