Para além dos problemas conhecidos em toda a indústria da publicação, que em muitos casos aconselham soluções de fusão, há por detrás deste movimento outros motivos empresariais.

Segundo a reportagem do Le Monde, é o afastamento da família Agnelli, principal accionista da Fiat Chrysler Automobiles, que é mais comentado:  “La Stampa era considerado o porta-voz oficioso do grupo, consagrando generosas páginas duplas às vicissitudes da Fiat (e mais tarde da FCA), às vitórias da Ferrari em Fórmula 1 e às do Juventus de Turim, no campeonato italiano de futebol.” 

“Ao deixar a sua montra, a FCA, sociedade cotada nos Estados Unidos, com sede na Holanda e pagando os impostos na Inglaterra, corta um dos últimos laços que a prendiam à Itália e ao Piemonte. Os Agnelli conservam ainda uma participação de 60% do capital da RCS, editora do Corriere della Sera, mas, segundo o diário Il Fatto Quotidiano, estariam prestes a deixá-la.”

Para a FCA, o acordo é “consistente com o desejo de aumentar o foco no seu negócio principal de fazer carros”  - disse o grupo no comunicado publicado. 

Mais informação no Extra.Globo e no Le Monde