A jornalista já tinha sido processada várias vezes, por ter denunciado casos de corrupção e o envolvimento de alguns políticos malteses nos Panama Papers.

Um dos seus filhos, Matthew Caruana Galizia, também ele jornalista de investigação, é citado no The Guardian devido às críticas que publicou no Facebook, a propósito do crime contra a sua mãe.

Matthew atacou a "cultura de impunidade" vigente em Malta e "os corruptos que estão no poder".

No mesmo post, refere que: "A minha mãe foi assassinada porque só ela se colocava em defesa do estado de Direito e aqueles que procuram violar as suas regras como sucede com tantos jornalistas. Mas ela era também um alvo porque era a única pessoa que agia desta forma. Situações destas acontecem quando as instituições do Estado são incapazes - a última barreira é, muitas vezes, um jornalista. E isso transforma-o no primeiro a ser morto."

 

Como refere a FIJ, já no mês de Fevereiro a FEJ alertava para o facto de as contas bancárias da jornalista terem sido congeladas, depois de o ministro da Economia de Malta e um seu consultor a processarem, quando Daphne Caruana Galizia revelou que ambos visitaram uma casa de prostituição durante a sua visita oficial à Alemanha.