Editora Abril em dificuldades fecha seis revistas do Grupo

Em comunicado, a Abril explica que “está a reformular o portfólio de marcas da editora com o objectivo de garantir sua saúde operacional, em um ambiente de profundas transformações tecnológicas, cujo impacto vem sendo sentido por todo o sector de media”.
Além dos três títulos já citados, fecham portas as edições da Arquitetura e Construção, da Boa Forma e da Minha Casa.
Ainda nos termos do mesmo comunicado, “a empresa passará a concentrar os seus recursos humanos e técnicos em suas marcas líderes: Veja, Veja São Paulo, Exame, Quatro Rodas, Cláudia, Saúde, Superinteressante, Viagem e Turismo, Você S/A, Você RH, Guia do Estudante, Capricho, M de Mulher, VIP e Placar”.
Estes 15 títulos “somam audiência qualificada de 125 milhões de visitantes únicos por mês e 5,2 milhões de circulação nas versões impressa e digital por mês, além de centenas de eventos”.
Segundo O Estado de S. Paulo, a editora Abril está num processo de reestruturação que já dura há um ano:
“Em Outubro do ano passado, a empresa Legasi (antiga 44 Capital) começou um processo de cortes com o objectivo de reduzir o endividamento do grupo, que hoje está próximo de 1,3 bilhão de reais. O prejuízo da empresa no ano passado foi superior a 330 milhões de reais, de acordo com relatório da PriceWaterhouseCoopers. Uma das medidas da Legasi foi a mudança da sede da empresa, para reduzir custos.”
“Conhecida por assumir negócios em dificuldades, como a Casa & Vídeo e a Brasil Pharma (negócio de farmácias do BTG), a Alvarez & Marsal colocou um executivo próprio - Marcos Haaland - como presidente da Abril, há cerca de duas semanas.”
“Com a entrada de Haaland, Giancarlo Civita, neto do fundador, deixou a presidência do grupo. Ele havia assumido o comando da companhia em Março deste ano, após duas trocas de liderança em quatro meses.”
Mais informação na M&P e no Estado de S. Paulo