Circulação de jornais em Portugal continua em queda
De acordo com o mesmo site estamos perante “um cenário de contracção agravado pelas quebras registadas pelos títulos de informação geral com periodicidade semanal”, tendo o Expresso, líder do segmento, registado uma circulação impressa paga de 60.966 exemplares, que representa menos 9,2% comparativamente à média de 67.109 exemplares de 2017. Já o Diário de Notícias, que passou a chegar às bancas apenas uma vez por semana a partir de Julho, apresenta uma circulação impressa paga de 8.351 exemplares, uma contracção de 15,6% face aos 9.893 exemplares que registava no ano anterior”.
“A tendência descendente da circulação em papel estende-se às newsmagazines e aos títulos de informação económica. Nas primeiras, a Visão segura a liderança com uma média de 40.260 exemplares vendidos por edição em 2018 mas com poucos motivos para sorrir já que esses números constituem uma queda do título da Trust in News na ordem dos 27,9% face aos 55.841 exemplares vendidos por cada edição em 2017, ano em que a publicação era ainda editada pelo grupo Impresa. Já a newsmagazine da Cofina registou uma circulação impressa paga de 38.061 exemplares, uma descida de 5,6% relativamente aos 40.296 exemplares vendidos por edição no ano anterior”, pode ler-se no mesmo artigo.
Entre os títulos do segmento económico, a Exame, que passou também das mãos da Impresa para a Trust in News no arranque de 2018, regista uma quebra de 21,8%, dos 11.336 exemplares para os 8.867. Do lado dos jornais, as quebras são menos acentuadas mas também nos dois dígitos. O Jornal de Negócios regista uma circulação impressa paga de 4.472 exemplares (-10,8%) e o Jornal Económico de 1.261 exemplares (-14,2%).
E o digital continua insuficiente para amenizar cenário negativo.
A circulação digital paga não “decola” e continua a revelar-se insuficiente para compensar as quebras na circulação impressa.
O Expresso reforça o estatuto de líder no digital, sendo um dos dois títulos de informação geral a registar crescimento. Com uma circulação digital paga de 25.089 em 2018, o semanário da Impresa apresenta uma subida de 10% face aos valores alcançados em 2017. O outro título com resultados positivos é o Correio da Manhã, embora com uma base menos expressiva: 1.422 (+26,85). Já o Público, que ocupa a segunda posição no digital, regista uma circulação digital paga de 12.414, uma quebra de 16,1% relativamente ao ano anterior, tal como Jornal de Notícias (5.235/-5,1%) e Diário de Notícias (3.175/-10%).