Retomamos a actualização regular deste site, cumprida a pausa anunciada para reorganização interna. O perfil é o mesmo, que tem sido distinguido por aqueles que nos acompanham, desde associados do Clube Português de Imprensa (CPI) aos vários interessados nas transformações vertiginosas que estão a ocorrer no mundo mediático e na actividade jornalística. 

Fundado em dezembro de 1980, o CPI nunca hesitou no caminho a seguir, ao pugnar pela credibilização do jornalismo e pela defesa de princípios e valores que continuam hoje a ser os mesmos, para qualquer profissional que não tenha chegado às redacções com o mero propósito de estabelecer contactos e ganhar notoriedade para servirem de alavancagem para outros voos. Na política ou noutros centros nevrálgicos de decisão. 

Um estudo realizado há anos, sob a chancela do ISCTE, já revelava essa tendência, detectada num inquérito promovido junto de uma amostra significativa de jovens jornalistas portugueses, então no activo. 

De facto, a profissão tornou-se mais precária e, por isso também, menos atractiva para uma boa parte dos recém-licenciados saídos das Faculdades, habilitados com um diploma com o qual ambicionam, naturalmente, não ter um simples passaporte para a incerteza.   

Com a deserção de jornalistas prometedores para outros desafios, conexos ou não com a comunicação especializada, as redacções ficaram mais pobres e a qualidade média do jornalismo começou a ressentir-se. 

Ninguém estranhará, por isso, que este site continue a ser um espaço de informação e de reflexão sobre os media, o jornalismo, e os jornalistas, combinando preocupações profissionais com o advento da Inteligência Artificial, a baralhar o funcionamento das redacções e a arquitectura da Informação futura. Nas redes sociais ou nos media. Os sinais estão à vista. 

A Direcção