O “New York Times” atingiu a marca de 10 milhões de assinantes no último trimestre, segundo foi anunciado pela empresa. 

Durante o primeiro trimestre, que terminou a 30 de setembro, o “Times” assegurou 210 mil novos assinantes digitais e registou um lucro de 53,6 milhões de dólares, um aumento de 46,6% em relação ao ano anterior. 

A empresa afirma ainda que pretende atingir os 15 milhões de assinantes até o final de 2027. 

A estratégia de "pacote", que incentiva a assinatura de várias ofertas jornalísticas da empresa, contribuiu para esse crescimento. Esta estratégia consiste em incentivar as pessoas a subscreverem um pacote de ofertas de jornalismo da empresa, incluindo “nytimes.com”, “Wirecutter” e “The Athletic”, bem como o “Games” e“Cooking”.

Actualmente, cerca de 3,79 milhões dos 9,41 milhões de assinantes digitais do “Times” assinam mais de um produto. 

A receita total do “Times” cresceu 9,3% em relação ao ano anterior, atingindo 598,3 milhões de dólares. Apesar das dificuldades no mercado publicitário – devido às grandes plataformas tecnológicas como a “Google” e o “Facebook”, que enviam menos leitores para os sites de notícias – o jornal viu um crescimento superior ao esperado na receita publicitária, em parte devido ao “The Athletic”. O site desportivo viu a sua receita total crescer 45,8% em relação ao ano anterior, totalizando 34,4 milhões de dólares. 

“Times” adquiriu o “The Athletic” por 550 milhões de dólares em janeiro de 2022. Apesar de operar com prejuízo desde a aquisição, o “The Athletic” mostrou uma melhoria no último trimestre, com um prejuízo operacional de 7,9 milhões de dólares, uma redução de 34,5% de ano para ano.

“Times” tem estado a trabalhar para aumentar a visibilidade do “Athletic” e a aprimorar o formato digital.

As interacções com o “New York Times” também atingiram o seu nível mais alto em quase três anos durante o terceiro trimestre, destacando a importância do jornal em momentos complexos, como a guerra entre Israel e o Hamas.