O conselho de administração da RTP entregou ao Governo um plano de 54 milhões de euros para financiar os custos com as saídas voluntárias e o fim da publicidade, duas medidas anunciadas recentemente pelo Executivo no Plano de Acção para a Comunicação Social, noticiou o Diário de Notícias (DN), citado pelo Eco.

Segundo a RTP, a saída voluntária de até 250 trabalhadores em situação de pré-reforma, que deverá ter custos de indemnização a rondar os 20 milhões de euros, deverá ser financiada pelo Estado, designadamente através da liquidação de uma dívida pendente de 14,29 milhões de euros.

Segundo o DN, a Comissão Europeia decidiu em 2006 e 2011 que o Estado português devia 26,69 milhões de euros à emissora nacional por “subfinanciamento do serviço público prestado até 2003”, cita o Eco.

Depois de dois aumentos de capital (10,4 milhões de euros, em 2017, e 2 milhões de euros, em 2022), encontra-se por liquidar o valor remanescente (14,29 milhões de euros), que a RTP quer agora canalizar para os gastos com as indemnizações.

O conselho de administração da RTP pediu, ainda, para contrair um empréstimo de 40 milhões de euros a oito anos “para a liquidação de um empréstimo de curto prazo, no valor de 15,9 milhões”, refere o Jornal de Negócios, acrescentando que, entre outros fins, “esse empréstimo visa compensar o fim da publicidade na RTP anunciado pelo Governo”.

De acordo com a notícia, a RTP sugere também a venda de património para equilibrar as contas. 

(Créditos da fotografia: Itisa via Wikimedia Commons)