Prémio Pulitzer mais abrangente

O Conselho do Prémio Pulitzer decidiu alargar a elegibilidade dos prémios de
jornalismo a "sites" de notícias digitais de organizações de radiodifusão e áudio.
As inscrições destas organizações devem, porém, basear-se essencialmente no
jornalismo escrito.
Historicamente, os meios de radiodifusão não concorriam aos Prémios
Pulitzer porque produziam muito pouco jornalismo em texto. Contudo, esta realidade
mudou completamente, como é evidente nos "sites" de notícias de radiodifusão e áudio.
O mesmo aconteceu com os jornais, que agora incluem fotografia, áudio, dados visuais
e vídeo. Dada a natureza multimédia do jornalismo moderno, o Conselho de
Administração considerou que não deveria continuar a excluir entradas comparáveis
de sites de notícias pertencentes a empresas de radiodifusão e de meios de
comunicação áudio.
Marjorie Miller, administradora do Pulitzer, destacou: "O Conselho fez esta alteração
para abrir a porta a mais sites de notícias digitais que estão a fazer um importante
trabalho de investigação escrita, empresarial e de notícias de última hora. Embora o
vídeo possa fazer parte da candidatura, estes prémios não se destinam ao jornalismo
de difusão."
O Plano revisto permitirá que os Prémios de Jornalismo anuais para trabalhos
publicados no ano anterior sejam provenientes de um jornal, revista ou "site" de
notícias dos EUA, acrescentando que "os sites de notícias associados a meios de
radiodifusão e áudio são elegíveis".
O alargamento da candidatura aos "sites" de notícias digitais entrará em vigor para os
Prémios de 2024, com inscrições abertas em dezembro deste ano. Esta
mudança marca um passo significativo para reconhecer e premiar o jornalismo
multimédia em todas as suas formas, reflectindo a evolução e a importância crescente
desses formatos na indústria jornalística contemporânea.