A Global Investigative Journalism Network (GIJN) sistematizou, num guia com 10 capítulos, o conjunto de conteúdos e competências que considera essenciais para o desenvolvimento de trabalhos de investigação jornalística.

O guia, lançado numa parceria entre a GIJN e a iMEdD (Incubator for Media Education and Development), foi escrito e editado por jornalistas de referência em todo o mundo.

Principais conteúdos

O primeiro capítulo procura responder à pergunta: “O que é o jornalismo de investigação?” Aqui, é feita referência aos princípios basilares e às etapas de uma boa reportagem desta natureza.

Um passo-a-passo para a pesquisa de fontes e para os cuidados a ter na identificação de pessoas, organizações e documentos.

Nesta secção, são definidos diferentes tipos de entrevista e abordagem aos entrevistados. São dadas pistas sobre como lidar com diferentes estilos de personalidade.

Um capítulo sobre técnicas de pesquisa de informação online, incluindo o uso de bases de dados de acesso livre e métodos de verificação da informação.

Técnicas específicas para monitorizar a circulação de dinheiro por parte das entidades ou pessoas que estão a ser investigadas.

“A segurança digital pode intimidar um pouco ao início, mas níveis mais elevados de segurança permitirão aos jornalistas estabelecer relações de confiança e proteger fontes actuais e futuras”, lê-se na apresentação do guia.

Neste último capítulo, são descritos cinco passos para garantir a construção e revisão de uma peça bem organizada, clara, rigorosa e interessante para os leitores.

O guia contempla, ainda, capítulos sobre jornalismo de dados, verificação de factos e colaboração entre repórteres e equipas de investigação.

(Créditos da imagem: ilustração de um dos capítulos do guia, da autoria de Smaranda Tolosano para a GIJN)