A filantropa e investidora britânica Lynn Forester de Rothschild colocou à venda a participação de 26,7% que a sua família detém no Grupo The Economist. Trata-se da maior alteração accionista na publicação nos últimos dez anos, depois da venda em 2015 da maioria dos 50% detidos pelo Grupo Pearson à Exor, holding da família italiana Agnelli, que, actualmente, possui 43,4% do capital. 

A venda inclui cerca de 20% em acções com direito de voto, o limite máximo permitido para qualquer accionista, e poderá atingir um valor de até 400 milhões de libras (470 milhões de euros), avaliando o The Economist Group em cerca de 800 milhões de libras (936 milhões de euros). 

O processo está a ser conduzido pelo banco de investimento Lazard, que assessora financeiramente a operação, e envolve negociações com potenciais compradores no Reino Unido e nos Estados Unidos, incluindo grupos familiares, investidores privados e estratégicos. A família Rothschild pretende concluir a transacção até ao final de 2025. 

O The Economist, fundado em 1843, é considerado um dos títulos mais influentes do jornalismo económico e político internacional. Actualmente, o Grupo tem 1,25 milhões de assinantes, dos quais 66% são exclusivamente digitais, face aos 44% registados em 2021. 

No ano fiscal de 2025, terminado em Março, o The Economist Group reportou receitas de cerca de 369 milhões de libras (432 milhões de euros) e uma margem de lucro de 17%. 

(Créditos da imagem: Rype Office)