A ERC — Entidade Reguladora para a Comunicação Social arquivou o processo de averiguação que estava em curso sobre “eventuais poderes de influência na perspectiva da defesa do pluralismo e da diversidade” e dúvidas de “transparência dos fluxos de capitais investidos pela Alpac Capital na Newsplex”, informou em comunicado a reguladora.

O processo tinha sido aberto, no passado dia 29 de Maio, “na sequência de notícias que indiciavam a existência de eventuais ligações de capitais investidos na Newsplex a fundos associados ao Governo da Hungria”.

Em causa estavam as informações publicadas numa reportagem de Abril do Expresso, resultado de uma investigação conjunta entre o semanário português, o diário francês Le Monde e o projecto editorial húngaro direct36.

No entanto, a ERC diz que “não foi possível comprovar a existência de poderes de influência sobre a opinião pública representados pelos detentores directos e indirectos da Newsplex”, sociedade que detém as publicações Nascer do Sol, I Inevitável e Portugal Amanhã.

Também não foi possível comprovar “falta de transparência dos fluxos financeiros identificados”, refere a ERC.

Durante o inquérito foram recolhidas informações da Newsplex, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do Banco de Portugal, da Autorité de régulation de la communication audiovisuelle et numérique (ARCOM-França) e da Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC-Espanha).

“Neste enquadramento o Conselho Regulador delibera proceder ao arquivamento do procedimento oficioso de averiguações”, lê-se na deliberação, cujo texto integral está disponível no site da entidade reguladora.