A distribuição de jornais e revistas impressos em Portugal enfrenta desafios significativos, especialmente devido à situação da Vasp, a única empresa de distribuição de publicações em Portugal, e da qual os grupos de media dependem para fazer chegar os seus jornais e revistas aos leitores. 

A APImprensa, representante das empresas de media, expressou preocupação com a diminuição dos pontos de venda, observando que cerca de 66% das freguesias portuguesas não possuem acesso à imprensa. 

“É preocupante que, neste momento, existam menos de 6500 pontos de venda no país, quando foram já 10 mil. Quatro municípios não têm qualquer ponto de venda de imprensa (Vimioso, Alcoutim, Marvão e Freixo de Espada à Cinta) e há 20 concelhos com apenas um”, refere Cláudia Maia, presidente da APImprensa.

A associação já apresentou propostas, como a implementação de medidas como bonificações fiscais e apoio ao transporte para áreas remotas, visando preservar a presença das publicações nas comunidades.

A possível compra de 50% da Vasp por Marco Galinha, actualmente em análise pela Autoridade da Concorrência, tem sido vista com apreensão. "A Vasp vê cada vez mais a distribuição a nível nacional ameaçada, situação que a breve prazo impedirá que muitas regiões do país deixem de receber jornais e revistas", afirmou o gestor Luís Santana, presidente executivo e acionista da Medialivre, que também é vice-presidente da VASP, em declarações ao jornal Expresso.