Na sequência das demissões nas direcções do Jornal de Notícias (JN), TSF e O Jogo, o director do Dinheiro Vivo (DV) também apresentou sua demissão. A redacção do Diário de Notícias (DN) – que pediu uma reunião urgente à administração – expressou solidariedade com os trabalhadores dos outros títulos.

A redacção do DN discorda da ideia de que o jornal está a salvo de processos de rescisões no GMG, reconhecendo que os problemas financeiros e a instabilidade no Grupo causam apreensão. 

O director do Dinheiro Vivo, Bruno Contreiras Mateus, renunciou devido à falta de recursos e meios para garantir a qualidade do projecto editorial. José Paulo Fafe, CEO do GMG, admitiu a necessidade de reformular o Dinheiro Vivo,. As demissões na direcção aumentaram para oito, incluindo cinco no JN, duas em O Jogo, e uma na TSF.

A redaccção de O Jogo manifestou solidariedade com as direcções demissionárias do JN e da TSF, colocando também os cargos à disposição. Actualmente, estão a ser consideradas acções de luta conjuntas com outros títulos do GMG, bem como possíveis acções judiciais contra a Global Media.

As demissões nas direcções do JN, O Jogo e TSF ocorreram em protesto contra a perspectiva de despedimentos.

A direcção da TSF, constituída por Rui Gomes (director-geral), Rosália Amorim (directora de informação) e Artur Cassiano (subdirector de informação), tinha iniciado funções no passado dia 2 de outubro, ou seja, há pouco mais de dois meses.

Entretanto, os representantes dos trabalhadores do JN, O Jogo, TSF, DN e Global Imagens manifestaram ao ministro da Cultura preocupação com o processo de rescisões em curso no grupo. Pedro Adão e Silva mostrou-se, também, interessado em perceber qual o impacto destas rescisões.