O relatório da Universidade de Oxford e do Reuters Institute aponta que o declínio no consumo de notícias online pode ser explicado por factores como fadiga, falta de interesse e a ausência de representatividade nas notícias. A queda no interesse é mais acentuada entre os jovens de 18 a 24 anos (de 71% em 2015 para 56% em 2024 entre os licenciados e de 63% para 44% entre os não licenciados). No entanto, também foram registados declínios significativos noutras faixas etárias. 

As notícias dominadas por "desgraças e tristeza", o excesso de notícias políticas, especialmente negativas, e a falta de confiança nos meios de comunicação são aspectos que têm contribuído para a diminuição do interesse. Além disso, muitas pessoas “não têm tempo ou energia para consumir notícias porque estão sobrecarregadas, cansadas e têm coisas mais importantes para fazer”.  

O estudo alerta ainda para a necessidade de reverter esta tendência, através de uma restruturação dos media e na sociedade em geral, para que as notícias sejam vistas como um bem social. 

Este relatório baseia-se no Digital News Report 2024 e abrange 17 países, incluindo Portugal.

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