A agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) terá um número recorde de pessoas a trabalhar na noite das eleições presidenciais, a 5 de Novembro, noticia o Axios.

Serão mais de cinco mil trabalhadores, para informar milhares de redacções nos EUA e em todo o mundo.

A AP tem visto crescer o número de clientes interessados nos dados eleitorais produzidos pelas suas equipas, num aumento de 30% desde as eleições de 2020.

O mapa da AP para a contagem dos votos, que irá sendo actualizado à medida que os resultados forem saindo, será traduzido para 18 línguas.

Este ano, a agência está a dedicar especial atenção aos riscos de desinformação e ao reforço da transparência, para aumentar a confiança do público na informação publicada.

Embora a AP tenha um historial de elevada precisão nos dados que divulga — em 2020, todos os resultados partilhados ao longo da contagem dos votos foram depois confirmados pelos dados oficiais —, os níveis gerais de confiança nos media entre a população têm baixado.

“Não vamos ter muitos espaços de comentário”, disse ao Axios Julie Pace, editora executiva da AP. “Não vamos ter muita análise. Apenas vídeos em bruto, permitindo que as pessoas vejam o que está a acontecer no terreno”, acrescentou.

A AP irá fazer directos em todos os estados decisivos e em todas as localizações consideradas chave.

Uma vez que a determinação do número de votos por contar num determinado local se tem tornado mais difícil devido ao aumento dos votos enviados pelo correio — prática que foi popularizada nas últimas eleições, em tempo de pandemia —, o risco de disseminação de informações falsas é maior.

Para apelar à confiança dos leitores, a AP tem publicado “explicadores” que mostram como a agência está a desenvolver o seu trabalho e que metodologia irá usar para contar os votos.

A AP acompanha as eleições nos EUA há 178 anos.

(Créditos da fotografia: Phil Roeder via Wikimedia Commons)