As contas da Agência Lusa relativas a 2024 foram já aprovadas. No ano transacto, a Lusa registou um resultado líquido positivo de 2,05 milhões de euros, o que se traduziu numa “evolução favorável de 2,3 milhões”. 

A agência explica que o lucro se deve, sobretudo, ao “registo do montante de 2,2 milhões de euros (incluindo juros moratórios) referente ao processo judicial de Macau e Timor relativo à titularidade de créditos". Mesmo se este processo não tivesse ocorrido, a Lusa garante que “o resultado líquido do exercício seria também positivo”, com um valor de cerca de 190 mil euros. 

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) totalizou 3,2 milhões de euros em 2024, registando um crescimento de “2,5 milhões de euros face ao período homólogo, e seria de cerca de 949 mil euros sem o registo da verba referente ao processo acima mencionado”. 

Durante a reunião da assembleia geral foram eleitos os membros dos órgãos sociais para o mandato do triénio 2025-2027 e aprovados o relatório de gestão e o Plano de Actividades e Orçamento para 2025 (PAO 2025).  

A Lusa é detida em 97,25% pelo Estado, tendo a NP – Notícias de Portugal 2,72% e a RTP 0,03% da Lusa. A estrutura accionista foi alterada no último ano em consequência da aquisição das participações financeiras pelo Estado da Global Media, das Páginas Civilizadas, do Público e do Diário do Minho, conforme medida referida no Plano de Acção para a Comunicação Social (PACS) de Outubro. 

Recordamos que, como se pode ler no PACS, “o Governo tem ainda a intenção de adquirir o restante capital da Lusa, de acordo com o preço justo por acção e participação accionista”.