Nuno Rocha aliava as suas inquestionáveis qualidades de repórter, a um invulgar sentido de empreendedor, tendo fundado o  semanário Tempo, em 29 de Maio de 1975, assumidamente posicionado no centro direita, o que era uma raridade na paisagem mediática da época e um acto de coragem em vésperas do "Verão Quente", o qual  chegou a vender mais de 100 mil exemplares.


Foi o jornal onde Paulo Portas se estreou como cronista, deixando de publicar-se em 1990.

Jornalista considerado controverso e conservador, Nuno Rocha implementou um estilo no Tempo que, mais tarde, inspirou Paulo Portas e Miguel Esteves Cardoso em O Independente. O Tempo marcou uma época.

Com o êxito do semanário, Nuno Rocha afoitou-se por outros caminhos, sendo um impulsionador do Correio da Manhã, juntamente com Carlos Barbosa e Vítor Direito, e de novos títulos na Imprensa especializada, designadamente, na área do turismo, o Publituris, outra das suas paixões.

Foi ainda docente convidado da Universidade Independente, em cadeiras ligadas ao jornalismo, onde lançou a revista Media XXI. Escreveu, também, alguns livros, onde se destacam obras como Guerra em Moçambique: um repórter na zona dos combates ou O jornalismo como romance: pessoas e paisagens.