Impresa volta aos lucros mas em litígio com o Fisco
O Grupo Impresa, que detém a SIC e o Expresso, encerrou o ano de 2018 com um regresso aos lucros (de 3,1 milhões de euros), valor que contrasta com as perdas registadas no ano de 2017 (de 21,6 milhões). A dívida líquida subiu 0,4%, para os 179,2 milhões de euros - o que fica a dever-se à mudança de instalações e aos novos estúdios, segundo declarou Francisco Pedro Balsemão na apresentação dos resultados. A receita apurada foi de 172,2 milhões de euros, uma redução de 2,2% face ao ano anterior.
A Impresa discorda do entendimento da Autoridade Tributária, que impôs a inscrição de 2,2 milhões de euros em provisões, no que respeita à venda da unidade de revistas à Trust in News, concretizada em Janeiro de 2018 por 10,2 milhões de euros.
Março 19
O comunicado da Impresa destaca a evolução favorável no desempenho operacional da SIC, com resultado ajustado de custos de reestruturação de 21,3 milhões (uma subida de 9,6%).
Acentua também que a SIC terminou 2018 com uma média de 17% de share, mantendo a liderança nos segmentos comerciais com maior poder de compra, tendo fechado o mês de Janeiro com uma audiência de 19%, regressando à liderança nos dias úteis.
Em 2018, o Expresso "manteve-se como o jornal mais vendido em Portugal, com uma média por edição de 86 mil exemplares de circulação paga". É a publicação portuguesa "líder na circulação digital paga, vendendo, em média, mais de 25 mil exemplares por edição" - diz o comunicado.
Ainda durante a apresentação dos resultados, Francisco Pedro Balsemão declarou que a Impresa discorda da "opinião" da Autoridade Tributária, de que tem de pagar 2,2 milhões de euros em impostos devido a mais valias obtidas com a operação da venda das revistas.
"Consideramos que não é uma mais-valia. Registámos imparidades. Não podemos estar a considerar isto uma mais-valia e, por isso, estamos a impugnar essa opinião" - afirmou ainda.
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