A cerimónia de entrega do 26.º Prémio AMI — Jornalismo Contra a Indiferença realizou-se no passado dia 3 de Julho, na sede do Sindicato dos Jornalistas (SJ), que este ano foi entidade parceira na iniciativa da AMI.

Os vencedores “contaram histórias para combater os estigmas sociais de que ninguém quer falar, desconstruir preconceitos e dignificar a vida humana”, lê-se no anúncio oficial.

Na cerimónia, o presidente da AMI, Fernando Nobre, apelidou de “arautos dos Direitos Humanos, os jornalistas que se dedicam a alertar, denunciar e sensibilizar para temáticas tantas vezes esquecidas e ignoradas, sendo, frequentemente, a única voz da população vulnerável”.

Na categoria “Imprensa”, o primeiro prémio foi atribuído a Ana Cristina Pereira, do Público, com a reportagem “Ao fim de 40 anos, Vicente não queria sair da prisão”. A jornalista conta a história de “um homem sem documentos, sozinho, e que esteve preso, à margem da sociedade, mais de 30 anos”.

Susana André, da SIC, foi a vencedora na categoria “Televisão”, com a peça “Crimes em claro”, sobre as “rotinas de jovens com albinismo”, na Zambézia, em Moçambique. Naquela realidade, a diferença “tanto pode valer ouro como uma sentença de morte”.

Na categoria “Rádio”, o vencedor foi o jornalista da TSF Filipe Santa-Bárbara com o trabalho “Violeta”, que conta “a história de uma mulher trans romena que procura Portugal como refúgio de maus tratos e perseguição”.

A cada primeiro lugar foi entregue um prémio no valor de 1250 euros.

Foram também distinguidos alguns trabalhos com menções honrosas.

No âmbito da cerimónia, a AMI e o SJ organizaram, ainda, um debate sobre os “Desafios do Jornalismo: liberdade, empregabilidade e futuro”.

O Prémio AMI — Jornalismo Contra a Indiferença, atribuído desde 1998, já reconheceu mais de uma centena de trabalhos.

(Créditos da fotografia: redes sociais da AMI)