Um estudo recente do Pew Research Center mostra que, embora o uso de chatbots de inteligência artificial como o ChatGPT e o Gemini esteja a crescer nos Estados Unidos, estes ainda não se tornaram uma fonte habitual de notícias para a maioria da população.  

Apenas cerca de um em cada dez adultos norte-americanos afirma recorrer frequentemente (2%) ou ocasionalmente (7%) a chatbots para se informar, enquanto 16% o fazem raramente. A grande maioria, cerca de 75%, declara nunca utilizar este tipo de ferramenta para obter notícias. Além disso, menos de 1% dos inquiridos afirma preferir os chatbots a outras fontes de informação. 

Os adultos com menos de 50 anos mostram-se ligeiramente mais propensos a recorrer aos chatbots para obter notícias (12%) do que os com mais de 50 anos (6%). No entanto, as diferenças geracionais são mais acentuadas quando se observa o uso geral de chatbots, independentemente da finalidade informativa. 

Entre os que utilizam estas ferramentas para aceder a notícias, as percepções sobre a qualidade da informação são diversas. Um terço dos utilizadores afirma ter dificuldade em distinguir o que é verdadeiro do que é falso, enquanto apenas 24% dizem ser fácil fazê-lo. A maioria, correspondente a 42%, não tem uma opinião definida sobre a fiabilidade das notícias fornecidas por estes sistemas. 

Cerca de metade dos utilizadores reconhece encontrar, pelo menos ocasionalmente, notícias que considera imprecisas. Dentro deste grupo, 16% afirmam deparar-se com informação incorrecta com frequência ou extrema frequência, enquanto 22% dizem raramente ou nunca observar tal problema. Um número significativo, 29%, permanece incerto quanto à precisão das notícias. 

Embora os adultos mais jovens sejam mais propensos do que os mais velhos a usar chatbots em geral, eles também são mais propensos a dizer que veem notícias imprecisas neles. 

Entre os que recorrem aos chatbots, 59% dos adultos entre os 18 e os 29 anos e 51% dos entre 30 e 49 anos afirmam encontrar notícias imprecisas pelo menos ocasionalmente. Já entre os que têm entre 50 e 64 anos, essa percentagem desce para 43%, e entre os com 65 anos ou mais, para 36%. 

Por outro lado, não se observam diferenças significativas nesta percepção quando se têm em conta variáveis como a filiação partidária ou o nível de escolaridade.

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