Media
FIJ pede apoio na luta dos jornalistas contra a violência
No dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) solicitou o apoio de governos, organizações dos media e jornalistas à adopção da convenção da ONU, relativamente à segurança e independência de jornalistas e outros profissionais dos media.A convenção pretende combater a impunidade da violência e a falta de acção que existe perante os crimes contra jornalistas e profissionais dos media. Esta destaca os defeitos e lacunas existentes no Direito Internacional Humanitário e nos Direitos Humanos, e a falta de mecanismos eficazes.Apesar do Plano de Acção da ONU acerca da segurança dos jornalistas e da questão da impunidade, em 2022, a FIJ registou 59 assassinatos de profissionais no ramo dos media, demonstrando uma subida de 12 mortes relativamente ao ano anterior. A Federação sublinhou ainda que nove em cada dez destes tipo de assassinatos permanecem impunes.Entre os países cujos níveis de violência contra jornalistas são mais altos estão a RDC, Índia, Palestina, Turquia, RDC, Ucrânia, o Afeganistão, Haiti, México, Kosovo, Paquistão, Lémen, e as Filipinas.Além de continuarem a ser perseguidos, ameaçados, espancados e detidos por fazerem o seu trabalho, os jornalistas e profissionais da media são também atacados digitalmente, sendo vítimas de ataques cibernéticos, roubo de dados, hackers e assédio online.
Novembro 22
Dominique Pradalié, presidente da FIJ, admite que “existe uma frustração crescente com a falta de acção e vontade política para fazer frente à impunidade e apoiar a media livre e independente”, tendo sido essa a razão por detrás do lançamento da campanha a favor da adopção da convenção de defesa dos jornalistas e profissionais dos media.
A convenção, cujo projeto foi redigido por Carmen Dragichi, oferece uma “estrutura consolidada para a protecção de jornalistas, […] esclarece o alcance das obrigações que decorrem das disposições sobre a liberdade de expressão das convenções dos direitos humanos” e garante que os Estados e as autoridades nacionais reconhecem e compreendem as obrigações estabelecidas.
A campanha foi lançada na 51ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada a 30 de setembro, em Genebra, e a convenção já foi apoiada por mais de 60 jornalistas, organizações e profissionais dos media, associações, e ONGs de todo o mundo.
