Os desafios do associativismo
Em Portugal, sobejam os candidatos a jornalistas, saídos dos numerosos cursos universitários, públicos e privados, que se multiplicaram como cogumelos. Um estudo recente de âmbito académico evidenciou, contudo, que muitos licenciados estão mais inclinados a utilizar as redacções como alavancagem para outros destinos, do que em permanecer nelas.
Essa instabilidade não parece apoquentar os gestores das empresas de media, porquanto há filas de candidatos em “vigilia” à espera da primeira oportunidade. Sem discutir condições.
O jornalismo enfrenta uma concorrência sem regras. A começar nas redes sociais. E o chamado “jornalismo do cidadão” é um maná para poupar recursos editoriais, embora seja uma porta aberta para comprometer, a prazo, o verdadeiro jornalismo.
Neste contexto, onde as incertezas correm a par de um arsenal tecnológico imparável, não é de estranhar que o associativismo marque passo no sector. E que ética jornalística já tenha conhecido melhores dias.
A profusão de profissionais habilitados com graus académicos, incluindo o doutoramento, tem vindo a impor-se. Estranhamente, porém, falta uma Ordem de Jornalistas. O projecto existiu, chegou a ter pés para andar, mas ficou na gaveta. Ao Sindicato não convinha. Embora não lhe fizesse sombra. E o impasse mantém-se.
Fundado em Dezembro de 1980, o Clube Português de Imprensa tem vencido não poucas adversidades. Este site é o resultado de uma teimosia colectiva, desde o seu lançamento em Novembro do ano passado. O crescendo de visitantes tem sido uma boa recompensa.
Terminada a pausa de Agosto, aqui estamos revigorados. Com a promessa de mais parcerias e de uma dinâmica que incomoda alguns mas que tem o apreço de muitos.
O site mexeu com rotinas instaladas. Ainda bem. Assim nos ajudam a ir mais longe.
A Direcção