Estamos em plena quadra festiva, enquanto se agravam as incertezas nos media portugueses.

As notícias mais recentes são preocupantes. Sucedem-se os despedimentos ou as rescisões de contratos com jornalistas e não jornalistas, a pretexto de restruturações que, na prática, apenas emagrecem e degradam os quadros, enfraquecendo o jornalismo.

As redes sociais e as grandes plataformas tecnológicas impõem a lei do mais forte, enquanto a Imprensa em suporte de papel definha, e mesmo a digital já conheceu melhores dias.

Entretanto, os media mudam de mãos sem que os novos donos, em não poucos casos, tenham algo a ver com o “estado da arte”, salvo para garantirem a viabilidade de um negócio com os activos patrimoniais sobrantes ou a influência que por si não têm.

Neste quadro, é natural que o associativismo do sector se ressinta, e que a actividade seja uma sombra do que já foi. E, não obstante, teimamos no desafio em que nos reconhecemos há mais de quatro décadas.

Ao entrar no ano em que se comemora meio século de Democracia pós 25 de Abril, com altos e baixos, “curvas apertadas” e à beira de um novo ciclo eleitoral, confiemos na sabedoria dos portugueses e que os media, impressos ou audiovisuais, continuem a desempenhar um papel relevante, no esclarecimento e na formação da opinião, fundamental em qualquer escolha eleitoral.

E a todos os que nos acompanham neste site, associados ou não do Clube Português de Imprensa, tenham as melhores Boas Festas!

A Direcção