Como fomentar o interesse dos jovens pela prática do jornalismo
Na iniciativa desenvolvida em colaboração com a Rede Municipal de Bibliotecas Llanera, os alunos do primeiro ano do Bacharelado em Tecnologia, fazem uma investigação jornalística onde são abordadas as notícias, crónicas e editoriais da média local, regional, nacional e internacional, publicadas no dia em que nasceram.
“Saber o que aconteceu no dia em que nasceram dá-lhes uma dose extra de curiosidade e interesse”. Quando os jovens consultam a imprensa da época e descobrem que o jornal é dividido em secções, ficam surpresos e acham isso muito interessante, porque na Internet, as páginas web, não dão a visão geral que se tem quando se abre um jornal”, explica a professora Friera.
O «Projeto Natividade» desenvolve uma forma de ensino dinâmico no quadro da disciplina que aprofunda os géneros mediáticos. O primeiro passo foi criar uma oficina de imprensa na qual analisaram jornais gerais, desportivos e económicos locais, regionais, nacionais e internacionais ao longo de uma semana.
Os alunos identificam os géneros jornalísticos em diferentes informações. “É um ponto muito importante para aprenderem a saber quando estão a receber informações e quando estão perante uma opinião”, detalha a professora.
Também abordam o trabalho dos tablóides britânicos. Conforme refere a reportagem elaborada pela jornalista Sara Arias, “nesta análise, os jovens alertaram que os meios de comunicação desportivos estão claramente orientados para a defesa de uma equipa ou jogadores, com poucas reportagens e publicam maioritariamente crónicas e artigos de opinião”.
Os alunos também concluíram que a imprensa regional “tem reportagens muito boas que não são tão vistas nos outros meios de comunicação”.
Tal tem sido o sucesso da iniciativa e o interesse que o jornalismo tem despertado nos alunos, que em Março vão apresentar as suas crónicas na biblioteca do centro educativo, onde farão a leitura dos seus trabalhos jornalísticos.
“O que mais me fascina neste projecto é o gosto e a curiosidade que o trabalho despertou nos alunos”, conclui a professora Friera.