O LinkedIn está a trabalhar com as empresas de média e a investir mais nos conteúdos noticiosos, disse o editor-chefe e vice-presidente do LinkedIn, Dan Roth, numa entrevista ao Axios.

A empresa quer oferecer “aos meios de comunicação e aos jornalistas uma plataforma para aumentar significativamente as suas audiências”, diz o Axios.

Este movimento acontece numa altura em que as grandes redes sociais têm estado a reduzir o seu investimento no sector. A Meta, dona do Facebook, tem sido notícia ultimamente pelo fim do apoio aos jornais australianos que tinha sido acordado em 2021, além dos seus planos de eliminar a secção de notícias (“Facebook News”) na rede social nos Estados Unidos e na Austrália, entre outras medidas. Também Elon Musk, dono do X, afirma que não pretende dar um tratamento especial aos editores ou conteúdos noticiosos.

Embora o LinkedIn não seja capaz de compensar a quebra nas visitas aos sites noticiosos a partir de publicações nas redes sociais, o tráfego nos sites de notícias vindo do LinkedIn tem aumentado ligeiramente nos últimos três anos, de acordo com o Similarweb, citado pelo Axios.

Mas como está o LinkedIn a investir na valorização das empresas de média na sua plataforma? Este esforço é feito em diversas frentes, desde o trabalho em parceria com editores até à disponibilização de formatos que aumentem o número de seguidores.

O LinkedIn trabalha com mais de 400 empresas noticiosas em todo o mundo, tendo expandido para 12 novos mercados nos últimos seis meses, diz Dan Roth. As empresas de média têm, no total, cerca de 240 milhões de seguidores naquela rede social.

Num contexto de trabalho em parceria, a empresa comunica diariamente com editores para os informar sobre os temas que estão a gerar mais tráfego para os ajudar a optimizar as suas publicações. Além disso, a rede social envia notificações e destaca publicações através do LinkedIn News.

“Cerca de 44 milhões, ou 4,4%, dos membros do LinkedIn interagem com conteúdo noticioso semanalmente nos seus feeds”, disse um porta-voz da empresa ao Axios.

Quanto aos tipos de publicação disponíveis para editores e jornalistas, o LinkedIn alargou o leque de opções para formatos como newsletters, podcasts e vídeos, tendo havido, no último ano, um aumento de 150% na publicação de newsletters editoriais na plataforma. A título de exemplo, a newsletter sobre carreira e liderança do Wall Street Journal tem cerca de três milhões de subscritores mensais.

O LinkedIn tem, ainda, estado a desenvolver iniciativas para ajudar as empresas de média a gerar receita a partir dos seus conteúdos, através da criação de melhores parcerias publicitárias.

(Créditos da fotografia: Souvik Banerjee no Unsplash)