Elon Musk, anunciou que o Twitter vai começar a permitir que os media cobrem aos leitores pela leitura de cada artigo individualmente, uma solução que já foi proposta várias vezes, mas cujo modelo económico ainda não foi comprovado.

Comprar artigos de imprensa individualmente, é a ideia que vai estar disponível a partir do "próximo mês" via Twitter, promete Musk.

O Twitter vai permitir “que as editoras de media cobrem aos leitores, artigo por artigo, com um simples clique", disse o dono da rede social, recentemente.

“Isto permitirá que os utilizadores, que não subscrevem uma assinatura mensal, paguem um preço mais elevado por artigo, quando quiserem ler ocasionalmente”, acrescenta Elon Musk, que tem procurado formas mais lucrativas para sustentar a rede social.

Esta “será uma situação vantajosa para os media e para os leitores”, refere Musk, que ainda não divulgou mais detalhes acerca de preços ou sobre a operação.

A ideia de uma plataforma que permita a compra individual de artigos de imprensa de diferentes publicações, uma alternativa à imprensa online gratuita financiada por publicidade e assinaturas, não é nova, mas até à data não teve o sucesso esperado.

A pioneira startup dinamarquesa Blendle, que apostou na criação de uma espécie de iTunes com conteúdo jornalístico, não teve grande sucesso com o modelo. A empresa foi comprada em 2020 pelo Grupo francês Cafeyn, que agora obriga a uma assinatura.

A aposta de Elon Musk, tal como nas tentativas anteriores semelhantes, requer a participação da imprensa, que terá de concordar em publicar os seus conteúdos na plataforma em primeiro lugar e depois aderir a este modelo.

No entanto, este é um sistema que tem sido criticado negativamente pelos profissionais do sector, pois na opinião de muitos, os leitores desistem de ler quando têm de pagar pelo conteúdo. As editoras, preferem, por isso, que os leitores paguem por uma assinatura “a tempo inteiro”.