O New York Times e a agência de notícias Associated Press (AP) foram distinguidas com Prémios Pulitzer, por causa da sua cobertura da guerra na Ucrânia.

Os prémios Pulitzer distinguem, anualmente, o melhor do jornalismo, em 15 categorias, assim como em oito categorias da área artística, direccionadas aos livros, música e teatro.

Este ano, reportando-se aos melhores de 2022, o jornal nova-iorquino e os seus repórteres ganharam o Pulitzer de "reportagem internacional" pela sua "cobertura inabalável da invasão russa na Ucrânia, incluindo uma investigação de oito meses sobre as mortes ucranianas de Bucha e sobre a unidade russa responsável por esses homicídios", afirmou Marjorie Miller, administrador do Pulitzer.

Os ucranianos dizem que as forças russas mataram cerca de 1.400 civis em Bucha, ao norte de Kiev, onde foram descobertos os corpos depois das tropas de Moscovo se retirarem, no final de março de 2022. A cidade tornou-se um símbolo dos crimes de guerra cometidos pelo exército russo desde o início da invasão.

Já a agência de notícias americana AP, ganhou o prémio de “serviço público” por uma reportagem “corajosa” sobre o cerco à cidade ucraniana de Mariupol. Símbolo da resistência ucraniana, esta cidade portuária no sudeste do país, foi sitiada e bombardeada durante longas semanas pelas forças russas, no início da invasão. A AP também ganhou o prémio Pulitzer de "fotoreportagem" pelas suas imagens "únicas" do início do conflito, há 14 meses.

Durante quase três semanas, os únicos jornalistas estrangeiros em Mariupol eram da AP, que capturaram imagens impressionantes sobre a guerra, como as de soldados russos a dispararem sobre alvos civis.

Outros meios de comunicação americanos, como o Los Angeles Times e o Wall Street Journal foram homenageados pelas suas investigações sobre escândalos políticos e financeiros nos Estados Unidos.

Na categoria de serviço público, o premiado recebe uma medalha de ouro, e nas outras, os distinguidos recebem o valor de 15 mil dólares.