São más notícias porque lançam a dúvida sobre a viabilidade económica deste jornal digital, criado em 2005 nos Estados Unidos e hoje com edições em muitos países – Canadá, Austrália, México, Espanha, Itália, Alemanha, França, Brasil, Índia, etc.

 

O “Huffington Post” não é a edição on-line de um órgão de informação tradicional – da imprensa escrita, da rádio ou da televisão. Essas edições on-line generalizaram-se e hoje praticamente nenhum dos “media” as dispensa. O “Huffington Post” é um jornal digital de raiz, embora com inúmeras ligações à imprensa escrita de quase todo o mundo.

 

Em Portugal temos nomeadamente o “Diário Digital” e o mais recente – e mais ambicioso – “Observador”. Em Espanha existem muitos jornais digitais. Um dos mais últimos a surgir, “El Espanol”, suscitou forte expectativa.

 

O problema, claro, é a viabilidade económica. As receitas publicitárias têm-se revelado em geral insuficientes, embora estejam a subir. E cobrar pelo acesso aos conteúdos – a todos ou a alguns deles – arrisca-se a afastar leitores. Seria bom que pelo menos alguns jornais digitais de raiz ultrapassassem este crucial problema económico. O que se passa no “Huffington Post” deixa-nos mais preocupados.