Limites da liberdade de informar
O facto é que foi mesmo divulgada, ainda não se sabe se por lapso, por ignorância do pedido das autoridades ou por outro qualquer motivo. Não parece ter havido má vontade da parte da comunicação social belga, que respeitou as indicações dos investigadores policiais em anteriores operações de busca de suspeitos em vários bairros de Bruxelas.
De qualquer forma, o caso evidencia os limites da liberdade de informar. Não há direitos absolutos, muito menos na comunicação social. Em períodos de guerra declarada a censura é aceite em países democráticos, para não favorecer o inimigo com informações que lhe podem ser úteis.
Na “guerra” contra o terror os limites são mais difíceis de definir. E a comunicação social é hoje muito mais imediata: é o caso dos directos das televisões, que actualmente se multiplicam. E que impõem aos gestores da informação opções sobre a hora, por vezes bem difíceis. É tema que merece debate entre os jornalistas e não só.