A Egoísta nasceu assim de um casamento entre a equipa da 004 e a Estoril-Sol. Não se podia antever o impacto ou a adesão dos colaboradores nacionais ou estrangeiros, tudo era uma incógnita. O primeiro número chegou ao mercado em Janeiro de 2000 e nele colaboraram nomes como Vasco Graça Moura ou Inês Pedrosa.

 

A revista fez o seu percurso ímpar no mercado nacional e depois começou a ser conhecida lá fora, tendo ganho mais de 70 prémios até hoje. Glória maior foi fazer parte de uma exposição organizada pelo Museu Louvre em Paris onde se mostrava o melhor das publicações europeias. Autores como Paul Auster ou Frank Ronan publicaram na Egoísta e fotógrafos como Annie Leibovitz ou Sebastião Salgado.

 

Contudo, a mais-valia da Egoísta é proporcionar um espaço de publicação aos escritores portugueses, com destaque para os mais novos. Nomes como Valter Hugo Mãe ou Nuno Camarneiro, Gonçalo M. Tavares ou Dulce Maria Cardoso, ainda em princípio de carreira, publicaram contos na Egoísta, partilhando este espaço com nomes consagrados como Eduardo Lourenço, António Mega Ferreira, Lídia Jorge, Agustina-Bessa Luís, António Lobo Antunes, Maria Teresa Horta, Luísa Costa Gomes, Nuno Júdice, entre outros.

 

Temática, a publicação tem ainda uma intervenção cívica, nomeadamente em edições como a Crise ou Portugal, espaços de debate e reflexão que tiveram repercussões relevantes em termos mediáticos.  A celebrar 16 anos de existência, a Egoísta prepara-se para renovar o site e fazer parcerias improváveis. Improváveis mas de qualidade, como é hábito da publicação.

Fotografia de : Carlos Ramos