O facto essencial é que os jornalistas ajudaram a revelar casos que nunca deveriam ter sido encobertos – mas foram, desgraçadamente. Ainda bem que o papel dos jornalistas nesta tragédia foi reconhecido.

Pelo contrário, na Venezuela o ditador Maduro deporta jornalistas estrangeiros cujo trabalho não lhe agrada. Recorde-se que Maduro afirmou há dias que não existe fome no seu país. Uma incrível mentira, desmentida por  um vídeo com crianças a comer do lixo.

Esse vídeo havia sido feito por uma equipa do canal americano Univisión. A equipa foi detida depois de tentar entrevistar Nicolás Maduro. “Confiscaram-lhes todo o equipamento técnico que levaram ao palácio para a entrevista”, informa o jornal digital “Observador”.

A entrevista não chegou ao fim. Maduro não terá gostado de uma afirmação do jornalista, que lhe disse que milhões de venezuelanos o consideram um ditador, e abandonou a sala.

O ministro de Comunicação e Informação venezuelano e a vice-presidente da Venezuela entraram então na sala, insultaram a equipa e chamaram provocador ao jornalista. “Vais engolir as tuas palavras com uma Coca Cola”, terão dito.

A equipa da Univisión foi depois metida num quarto de segurança, onde permaneceu com as luzes apagadas durante mais de duas horas. Seguiu-se a deportação.

Este lamentável caso é típico de um ditador como  Maduro. E mostra o “grande respeito” que o chamado socialismo bolivariano tem pela liberdade de expressão e de informação.

Mas o mais extraordinário é ainda haver quem classifique de democrático um regime destes, que desgraçou o próprio povo.