Num país onde prevalece o capitalismo de Estado, invocar o comunismo ou o marxismo pode parecer bizarro, mas serve um objectivo importante para os dirigentes chineses: ajuda o poder político a controlar eficazmente a sociedade. Desde que se tornou Presidente, em 2012, Xi Jinping tem vindo a apertar o controle dos “media” pelo PCC.

Aqui o papel dos jornalistas é fulcral, naturalmente. Em 2013 o governo chinês passou a exigir aos jornalistas que requerem a emissão ou a renovação da “carteira profissional” um teste para verificar se eles estão conscientes dos “ideais marxistas do jornalismo” e se lhes são fiéis.

Para Xin Jinping os jornalistas devem estar ao serviço dos pontos de vista do marxismo – isto é, têm de reflectir as posições do PCC. Um bloguer discordou, defendendo que os “media” deviam servir as pessoas e não o partido. O autor desta “afronta” foi severamente criticado pelo PCC e o seu comentário desapareceu da net. De facto, o controle dos meios de comunicação aplica-se, também, à internet e às redes sociais, fortemente vigiadas.

E não escapam os meios de comunicação social estrangeiros, mesmo os que operam em parceria com órgãos chineses (por exemplo, não podem distribuir conteúdos on-line. Assim como os livros e filmes são alvo de censura.

Tudo para Xi Jinping impor um controle total aos “media”, afirmando uma autoridade que se pretende absoluta.