O Twitter retirou o rótulo de "media financiada pelo governo" das contas da National Public Radio (NPR), dos Estados Unidos, da British Broadcasting Corp (BBC) e da Canadian Broadcasting Corporation (CBC).

A plataforma também retirou a etiqueta de “media afiliada do Estado" nas contas do Xinhua News, da China, bem como nas contas de jornalistas associados a publicações apoiadas pelo governo.

Embora as contas das editoras chinesas, incluindo as dos seus colaboradores séniores e de alguns outros colaboradores importantes do governo, tenham começado a receber o rótulo em 2020, nomes como a NPR e a canadiana CBC foram rotulados apenas no início de Abril de 2023.

Esta situação levou a NPR e a CBC a parar de publicar nas suas contas do Twitter, argumentando que esta informação colocada pela rede social, não é verdadeira, uma vez que a maior parte dos seus recursos financeiros são provenientes, principalmente, de publicidade, patrocínios e outras contribuições.

No entanto, até agora, a NPR e a CBC mantêm-se inactivas e ainda não voltaram a publicar qualquer tipo de informação nesta plataforma.

Estes rótulos desapareceram após muita contestação por parte dos media, inclusive da conhecida RTVE, em Espanha, que também tinha sido rotulada da mesma forma.

Recorde-se que numa recente entrevista à BBC, o bilionário dono do Twitter, Elon Musk, terá dito que a plataforma estava a tentar ser "precisa”, mas que estava a pensar alterar o rótulo.

Entretanto, o selo dourado do “New York Times”, que tinha sido retirado pela rede social, reapareceu, apesar do jornal ter afirmado que não iria pagar para voltar a tê-lo na sua página, que tem mais de 55 mil seguidores.

O selo azul, que tinha sido removido do perfil de milhares de pessoas, incluindo celebridades, jornalistas e políticos proeminentes como Hillary Clinton, o ex-presidente dos Estados Unido,s Donald Trump, ou o cofundador da Microsoft Corp, Bill Gates, que entretanto já têm de volta essa certificação, mas não é certo que tenham pago para a obter.

O custo para exibir o selo de verificação varia – os utilizadores individuais podem pagar 8 dólares por mês, mas as organizações têm um preço inicial de mil dólares para manter o selo.

Mas, alguns internautas repararam que, apenas as contas que já tinham o selo anteriormente, e que possuem mais de um milhão de seguidores, ganharam de volta a sua certificação com uma nota de que estão "inscritas no Twitter Blue".

No entanto, vários nomes famosos presentes na plataforma pronunciaram-se para esclarecer que não estavam a pagar pelo serviço.

"Apesar da insinuação que aparece, quando se clica no distintivo azul, que reapareceu misteriosamente ao lado do meu nome, eu não estou pagar pela «honra»”, ironizou, por exemplo, o actor britânico Ian McKellen.

Já Stephen King, escritor, sugeriu num tweet, que Musk poderia doar a taxa de 8 dólares a uma instituição de ajuda humanitária ucraniana em vez de pagar pelo seu selo de verificação, uma vez que o dono da plataforma chegou a tweetar que estava a pagar algumas assinaturas pessoalmente.