Relatório confirma jornalista morto pelas forças israelitas
Um relatório das Nações Unidas (ONU) concluiu que o repórter da Reuters Issam Abdallah foi morto, no Líbano, no ano passado, num ataque israealita contra um grupo de "jornalistas claramente identificáveis", noticia a Reuters.
Segundo o relatório da UNIFIL (Forças Interinas da ONU no Líbano), citado pela Reuters, “a razão dos disparos aos jornalistas é desconhecida". O documento esclarece que não houve troca de tiros entre Israel e o Líbano durante mais de 40 minutos antes de o tanque israelita disparar dois projéteis em direcção ao local onde estavam os repórteres.
O ataque, que aconteceu no dia 13 de Outubro, resultou na morte de Issam Abdallah e em ferimentos em seis outros jornalistas no local, incluindo profissionais da AFP e da Al-Jazeera.
“O disparo contra civis, neste caso contra jornalistas claramente identificáveis, constitui uma violação da Resolução 1701do Conselho de Segurança da ONU e do Direito Internacional”, declara o relatório.
O exército israelita, através do porta-voz Nir Dinar, afirma que o Hezbollah atacou as Forças de Defesa de Israel (IDF) perto de uma comunidade israelita na região, pelo que IDF disparou como resposta à ameaça, só depois tendo tido conhecimento de que tinham sido atingidos jornalistas.
No dia seguinte, as IDF disseram que tinham tido acesso a material para analisar o incidente, no entanto, até à data, ainda não foi publicado nenhum relatório por parte das autoridades israelitas.
A editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, exige que Israel explique o ataque que matou o repórter de 37 anos e que responsabilize os culpados.