O New York Times processa Comissão Europeia

Segundo o Politico, citado pelo Observador, o caso foi aberto a 25 de Janeiro. O New York Times, argumenta na queixa que a Comissão Europeia tem a obrigação de revelar o conteúdo dessa correspondência.
O jornal norte americano, inquirido pelo Politico, não fez comentários acerca do caso, justificando que “realiza muitos pedidos de liberdade de informação e mantém um registo activo. Mas não pode fazer comentários neste momento sobre nenhum assunto deste processo”.
O caso, aparece cerca de um ano depois da provedora de justiça europeia, Emily O’Reilly, ter confirmado más práticas administrativas nos esforços da Comissão Europeia para recuperar as mensagens trocadas entre Ursula von der Leyen e Albert Bourla.
Věra Jourová, vice-presidente da Comissão, responsável pela pasta da Transparência e Valores, afirmou que os textos podem ter sido eliminados por causa da sua natureza “efémera”. Mas a provedoria já tinha criticado que a Comissão nem sequer comunicou com o gabinete de Ursula von der Leyen para pedir as mensagens.
A correspondência, entre Von der Leyen e Albert Bourla foi trocada durante o processo de compra das vacinas contra a Covid-19 por parte da Comissão Europeia, mas não constam do dossiê que foi tornado público sobre os acordos com as farmacêuticas. O Executivo comunitário recusou sempre divulgar as mensagens, mesmo no Parlamento Europeu.
Anteriormente, o jornal alemão Bild, interpôs uma série de processos contra a Comissão Europeia, onde solicitava a divulgação de documentos relacionados com as negociações para a compra de vacinas contra o coronavírus COVID-19 com a Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca. O diário alemão chegou a obter alguns documentos relacionados com as negociações entre Bruxelas e as farmacêuticas, incluindo correspondência por e-mail a partir de Junho de 2020, mas nenhuma informação sobre as mensagens de Von der Leyen com o CEO da Pfizer.