A Associated Press foi nomeda pela primeira vez, em 178 anos de existência, para um Óscar com "20 Dias em Mariupol", num momento em caem bombas sobre a cidade natal do realizador.

Trata-se de uma crónica de Mstyslav Chernov, um jornalista e cineasta ucraniano, sobre a cidade ucraniana sitiada e os jornalistas internacionais que lá permaneceram após a invasão russa.

O filme é uma coprodução entre a AP e a "Frontline" da PBS e foi gravado durante as primeiras três semanas da guerra na Ucrânia, no início de 2022. 

Chernov chegou a Mariupol uma hora antes de a Rússia começar a bombardear a cidade portuária e com ele estava o fotógrafo Evgeniy Maloletka e a produtora Vasilisa Stepanenko.

O documentário relata a realidade sombria e implacável do cerco à cidade, desde a morte de uma menina de quatro anos ao bombardeamento de uma maternidade.

"É um sentimento agridoce porque sabemos que este filme representa uma enorme tragédia para a humanidade, para os ucranianos é uma enorme perda de vidas", disse Chernov em entrevista. "Tudo o que podemos fazer é tentar garantir que esta tragédia não será esquecida”.