O jornal norte-americano Wall Street Journal (WSJ) despediu pelo menos onze trabalhadores, a maioria a colaborar nas secções de vídeo e redes sociais, noticia o The Daily Beast.

Um dos motivos apresentados para alguns dos despedimentos foi o fim do programa “Journalists as Creators”, uma parceria com a Google que financiava o desenvolvimento de canais de YouTube centrados na figura dos jornalistas.

Esta nova redução da equipa surge poucos meses depois de ter sido noticiada a saída de 20 colaboradores da redacção de Washington do mesmo jornal.

Entre os trabalhadores dispensados nos últimos meses pelo jornal económico, propriedade da Dow Jones & Company, parte da News Corp, de Rupert Murdoch, estão jornalistas distinguidos com o prémio Pulitzer, bem como correspondentes no estrangeiro e vários editores.

Estes cortes chegam num contexto de crise global na indústria dos média, que se tem sentido de forma profunda também no mundo anglo-saxónico, com um registo de mais de 1600 despedimentos nos primeiros três meses de 2024 em redacções dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Irlanda, segundo “estimativas conservadoras” da Press Gazette. A publicação faz uma actualização mensal destes números.

(Créditos da fotografia: Jennifer Burk no Unsplash)