Tensão mantém-se na redacção do “Parisien”

A tensão continua no Parisien. Numa votação recente de uma moção de confiança, os jornalistas expressaram a sua desconfiança na liderança do jornal, e pedem “garantias adicionais para exercer a sua profissão com total independência”.
Considerando que as "explicações e propostas não era tranquilizadoras", a redacção do diário manifestou a sua desconfiança em relação à direcção, numa recente votação, feita por voto secreto. À pergunta: “Confia na direcção para lhe fornecer respostas suficientes relativamente ao desvio editorial da equipa do Le Parisien?”, 191 votantes – de um total de 226 – responderam “não”, 28 votaram “sim”, 5 votaram em branco ou nulo e 2 abstiveram-se. Por seu lado, a direcção do Le Parisien, argumenta que votaram nesta moção de confiança, menos de 50% dos jornalistas em funções.
Recorde-se que, anteriormente, a redacção disse estar preocupada "pelo respeito ao pluralismo, pela independência do título face a qualquer pressão política, económica, ideológica" e apontou para "uma deriva partidária" do jornal.
A direcção, por seu lado, diz que a "porta fica aberta" à possibilidade de adopção de uma carta editorial apoiada por um comité de ética, e a administração propôs "mover" o posto de trabalho onde são elaboradas as edições em papel da jornal, a fim de promover o intercâmbio entre os redactores, os chefes de departamento e o editor-chefe.
“Esta nova votação traduz, portanto, e ainda de acordo com um comunicado interno, “uma firme vontade de obter garantias adicionais para o exercício da profissão com total independência”.