Sector audiovisual europeu aumenta receitas em 2021
O sector audiovisual europeu gerou um mercado no valor de 124 mil milhões de euros em 2021, registando um aumento de 3% em relação a 2019, de acordo com o estudo "The Competitive Environment of European” [“O Ambiente Competitivo dos Media Públicos Europeus”], realizado pela União Europeia de Radiodifusão (UER).
Segundo o estudo, deste valor de mercado, a televisão por assinatura representou 38 mil milhões; 36 mil milhões de publicidade na rádio e na televisão; 30 mil milhões de financiamento público; e 16 mil milhões para os conteúdos “on demand”, três mil milhões para o cinema e os restantes mil milhões para o vídeo em formatos físicos.
É de salientar que o maior crescimento entre 2017 e 2021 foi nos conteúdos “on demand”: 208%.
O relatório destaca a contribuição dos media públicos, que, apesar de representarem 24% das receitas, captaram 23% da audiência de televisão; 39% da audiência de rádio; 55% de todos os títulos de ficção encomendados na Europa – que estão, na maioria dos países europeus, entre os três serviços de conteúdos “on demand” mais procurados.
Na análise do ambiente concorrencial do audiovisual na Europa, no qual competem os meios de comunicação social públicos, o estudo enumera quatro grupos – os gigantes tecnológicos (como a Alphabet/Google, a Amazon, a Microsoft ou a Samsung), os grupos de conteúdos e de redes sociais (como a Disney, Meta/Facebook, Twitter/X ou Netflix), os operadores de telecomunicações (como a Telefónica, a Deutsche Telecom ou a Vodafone) e grupos de media comerciais (como RTL, Mediaset ou Vivendi).
Contudo, economicamente, analisando os dados de 2022, os 38 mil milhões de euros de receitas das 68 empresas públicas de comunicação social europeias são insignificantes em comparação com os 1.783 mil milhões de euros dos dez maiores grupos tecnológicos; 417 mil milhões dos 10 maiores grupos de conteúdos e redes sociais; os 320 mil milhões dos 10 maiores grupos de conteúdos e redes sociais; os 320 mil milhões dos 10 operadores de telecomunicações; ou os 53 mil milhões dos grupos de media comerciais.