A primeira cimeira Sir Harry Evans Global Summit, em jornalismo de investigação, vai realizar-se em Londres, no próximo dia 10 de maio de 2023, com um dia completo de programação, seguido de um jantar de encerramento.

Organizado pela editora-chefe da Reuters, Alessandra Galloni, pela Vice-Reitora da Universidade de Durham, Karen O’Brien, e pela esposa de Evans, Tina Brown, este Summit homenageia Harry Evans, pioneiro jornalista britânico na área da investigação.

“Os Verdadeiros Contadores de Histórias”, é o título deste evento, que tem como objectivo, analisar “as redes que apoiam a investigação corajosa”, celebrar o que de melhor se faz nesta área, e “lembrar ao mundo o motivo pelo qual o jornalismo sério é indispensável.”

O Summit reunirá, segundo a organização, os melhores profissionais de todo o mundo na área do jornalismo, como repórteres, fotógrafos de guerra, investigadores de dados digitais e empreendedores em podcasting, publicações, TV e streaming.

A audiência, que terá acesso ao encontro através de convite, é composta por 250 editores, repórteres, líderes de media e de opinião, além de influenciadores culturais e políticos.

Harry Evans destacou-se no jornalismo do pós-guerra, tendo sido considerado o maior editor britânico, de todos os tempos, pelos seus pares, nos media.

Para Evans, a confiança no jornalismo era essencial e a degradação da reportagem baseada em factos era uma séria preocupação para a democracia em funcionamento.

“Para reacender os valores de Sir Harry”, este Summit serve para “defender o trabalho dos jornalistas de investigação actuais”, refere a organização do evento.

Evans foi editor do The Northern Echo, The Sunday Times e The Times, onde praticou e padronizou o jornalismo de investigação, um jornalismo de interesse público, defendendo causas que eram alvo de negligência ou de proibições. O seu trabalho foi distinguido pela procura rigorosa da verdade, pela sua coragem e talento nas suas apresentações.

O homenageado deste Summit, foi um investigador corajoso nas suas lutas, como a da condenação de um jovem, devido a erro judicial, cuja vida salvou e que conduziu ao fim da pena de morte no Reino Unido.

Outro dos maiores triunfos de Harry Evans foi a sua campanha, durante dez anos, a favor das vítimas do medicamento Talidomida, que provocou milhares de deformidades congénitas, e que assim conseguiram receber indemnizões.

Para além destes, Sir Harry Evans, falecido em setembro de 2020, escreveu mais de doze livros, e ainda outros trabalhos reconhecidos, tendo sido nomeado como um dos 50 heróis mundiais da imprensa, pelo International Press Institute.