O barítono Jorge Chaminé, presidente do Centro Europeu de Música, venceu a edição de 2023 do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. Segundo comunicado da organização – o Centro Nacional de Cultura (CNC), em colaboração com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa (CPI) –, Jorge Chaminé, foi distinguido por ser considerado um dos “maiores embaixadores artísticos e intelectuais do património cultural europeu, tanto imaterial quanto material”. O prémio será entregue na Fundação Calouste Gulbenkian, a 23 de outubro.

O júri, presidido por Maria Calado – presidente do CNC –, justifica a escolha sublinhando o percurso de Jorge Chaminé.

“Após uma carreira internacional de grande sucesso como barítono, durante a qual apresentou e divulgou o património cultural da Europa em muitos teatros de ópera e salas de concerto, não só na Europa, como no resto do mundo, Jorge Chaminé decidiu dedicar os últimos 20 anos da sua vida à promoção do espírito e identidade europeus através da música clássica, trabalhando maioritariamente em regime de voluntariado”.

Jorge Chaminé é “o criador e presidente do Centro Europeu da Música, sedeado em Bougival, perto de Paris, ponto de encontro entre artes, humanidades, ciências e gerações, que celebra a música como linguagem universal, no cerne da identidade europeia e dos seus valores humanistas”.

Surpreendido com a distinção, Jorge Chaminé afirma que a mesma é “dirigida sobretudo ao reconhecimento da importância da Música para o património cultural europeu: pelas suas inúmeras capacidades para construir elos entre os seres humanos, pela universalidade da sua linguagem, pelo seu talento em unir a diversidade, pela sua capacidade de falar a cada um de nós e de nos falar coletivamente, pelo ‘milagre’ de poder reunir a mente, o coração e o corpo, tríptico do ser humano completo”.

E conclui: “À Música dediquei e dedico a minha vida!”