Onde se promovem os artigos mais lidos com criatividade editorial
O The Guardian lançou uma nova lista de artigos mais lidos no seu site que dá destaque a peças que, de outra forma, poderiam passar despercebidas aos leitores, conta um artigo do NiemanLab.
Além da habitual lista de artigos com mais “cliques”, agora o site tem também uma lista de artigos a que os leitores dedicam mais tempo — dão-lhe o nome de “Deeply read” (“Leitura profunda”, numa tradução livre).
A funcionalidade foi lançada recentemente e pretende mostrar aos leitores não apenas o que é mais popular, mas também histórias menos exploradas, mas que estão a despertar o interesse de outros leitores.
O The Guardian já tinha acesso a esta métrica internamente, e Chris Moran, responsável pela área de inovação editorial do The Guardian, há já algum tempo que tinha vontade de a partilhar com os leitores, “porque destaca jornalismo de grande qualidade e um pouco fora dos tópicos mais da ‘moda’”, diz, citado pelo NiemanLab.
A valorização das leituras mais longas é particularmente significativa num contexto em que os jornais procuram reforçar as receitas com origem nas assinaturas e em que o envolvimento dos leitores com a plataforma noticiosa é especialmente relevante.
A métrica subjacente à nova lista tem por base o tempo gasto pelos leitores num determinado artigo, tendo também em consideração a extensão da peça. Além disso, são apenas incluídos artigos mais recentes, para garantir a relevância e actualidade das sugestões. “Isto significa que a lista é diversa do ponto de vista dos temas, extensão e formato dos artigos”, explica o The Guardian.
Além deste critério, o artigo no NiemanLab assinala que o Wall Street Journal organiza os artigos por “notícias mais populares” e “opiniões mais populares”, e o New York Times inclui também listas dos vídeos mais vistos, dos artigos mais partilhados por e-mail, das receitas mais populares do NYT Cooking, entre outras.
(Imagem: Captura de ecrã do site The Guardian, edição europeia, no dia 7 de Março de 2024)