A edição impressa do jornal austríaco Wiener Zeitung, que é editada desde 1703, vai deixar de existir, devido a uma decisão tomada pelo parlamento austríaco.

Apesar dos protestos dos seus colaboradores e leitores, o jornal vai acabar com a sua impressão, depois de ter sida aprovada a lei que põe fim à forma actual do diário.

O Wiener Zeitung pertence ao governo austríaco desde 1857 e serve como um jornal oficial, com anúncios de ofertas de emprego no governo e outros avisos oficiais obrigatórios por lei e que são publicados no jornal. Esta tornou-se a sua principal fonte de receitas e permitiu que continuasse a sua missão jornalística de noticiar.

No entanto, o parlamento austríaco aprovou, agora, uma lei que não exige a publicação dos anúncios na edição impressa do jornal.

“Não é papel da república administrar e financiar um jornal diário”, disse o chanceler conservador da Áustria, Sebastian Kurz, em 2021, quando as mudanças foram faladas pela primeira vez.

Os novos regulamentos dos media também alteram o objectivo do Wiener Zeitung de ser um jornal diário, para se tornar um “meio de treino e educação continuada”.

O jornal diz que essa nova descrição é pouco clara e vai destruir a sua capacidade de produzir jornalismo.

Colaboradores e leitores realizaram vários protestos em frente à Assembleia Federal, em Viena, contra o fim da impressão do jornal diário, sobrevivente, mais antigo do mundo.

Daqui em diante o jornal vai continuar com a sua edição online e uma edição impressa, mas mensal.