Jacques Rodrigues libertado sob fiança

O dono do grupo Impala, Jacques Rodrigues, saiu em liberdade, mediante o pagamento de uma caução no valor de 500 mil euros. O juiz de instrução do Tribunal de Sintra decidiu aplicar metade do valor pedido pelo Ministério Público, que se cifrava em um milhão de euros.
À saída do tribunal, o dono da Impala falou aos jornalistas, dizendo: "Tudo o que vocês têm dito tem sido mentira. Vocês para poderem falar, têm de conhecer a verdade.”
Segundo informação do tribunal, que considerou "verificados os perigos de fuga, perigo para a aquisição e conservação da prova e perigo de continuação da actividade criminosa", Jacques Rodrigues ficou ainda proibido de se ausentar para o estrangeiro e obrigado a entregar o seu passaporte.
Estas não foram as únicas medidas, uma vez que o empresário ficou, ainda, impedido de exercer qualquer função no grupo Impala,
e proibido de contactar a empresa de contabilidade, bem como todos os arguidos da operação "Última Edição", detidos ou não.
O seu filho, Jacques Gil Rodrigues, também arguido no processo, saiu com a medida de coacção mínima, que consiste no Termo de Identidade e Residência, e pode assumir funções na administração das empresas do Grupo Impala, a fim de evitar o desmoronamento do grupo editorial.
Recorde-se que foram quatro, os detidos no final da semana passada, por causa desta mega-operação intentada pela PJ. O advogado Natalino Vasconcelos e o contabilista José Rito, foram os outros dois detidos, que também saíram em liberdade, e há mais 10 arguidos constituídos nos autos.
Segundo o comunicado oficial da PJ, há suspeitas de crimes de burla qualificada, corrupção passiva, corrupção activa, insolvência dolosa agravada, falsificação e contrafacção de documentos. A investigação surgiu a partir de uma queixa-crime apresentada por ex-trabalhadores da Impala e é titulada pelo DIAP de Sintra.