A decisão seguiu-se a uma investigação sobre a conduta do RUJ, desde a invasão russa da Ucrânia e a criação de filiais nos territórios ucranianos anexados, facto que o sindicato se recusou a reconsiderar.

De acordo com os regulamentos da FIJ, apenas o Congresso Mundial da Federação pode tomar a decisão final de expulsar um afiliado, mas de acordo com o Artigo 16 dos Estatutos “o Comité Executivo pode tomar uma decisão provisória de expulsar um membro, após investigar adequadamente as circunstâncias e se contar com o voto favorável de dois terços dos membros da comissão presentes”.

O presidente da FIJ, Dominique Pradalié, afirmou: “A Federação Internacional de Jornalistas, é uma organização baseada na solidariedade internacional, nos princípios de cooperação entre os sindicatos membros e no respeito pelos direitos de todos os jornalistas. A União Russa de Jornalistas, ao estabelecer quatro filiais nos territórios ucranianos anexados quebrou claramente essa solidariedade e semeou divisões entre organizações irmãs."

Ao mesmo tempo, Pradalié considera "urgente" encontrar formas de continuar a apoiar os "jornalistas independentes dentro e fora da Rússia que estão em perigo ou precisam de ajuda" e  recorda a importância de “continuar a prestar solidariedade aos dois filiados ucranianos e a dialogar com os quatro filiados (nórdicos) que anunciaram a renúncia à sua filiação na FIJ”, pode ler-se no comunicado da Federação.

Recorde-se que a FIJ – Federação Internacional de Jornalistas, viu saírem os representantes finlandês, norueguês, dinamarquês e islandês, em protesto contra o que consideram ser a prática de "actividades corruptas” e por continuar “a ser permitido que jornalistas dos media estatais russos, presentes na Ucrânia, permanecessem como membros”.