Facebook e Instagram vão ter assinaturas pagas
Concretamente, os assinantes do Facebook e Instagram, terão um logotipo visível no mural das sua contas para indicar que a sua identidade foi verificada. Além disso terão protecções adicionais à sua conta, principalmente contra roubo de identidade, acesso ao atendimento ao cliente e mais visibilidade.
O conteúdo dos criadores que assinem o Meta Verified será distribuído mais amplamente e aparecerá no topo dos resultados de pesquisa e recomendações.
A assinatura é reservada a pessoas físicas e profissionais maiores de 18 anos. Não está aberto a contas corporativas.
O slogan da rede social lançada em 2004, "É grátis e sempre será", estabeleceu o modelo dominante das principais plataformas online. Os utilizadores beneficiam de serviços gratuitos que recolhem as suas informações pessoais com o objectivo declarado de lhes ser direccionado publicidade personalizada.
Aclamados por anunciantes, desde grandes marcas a pequenas empresas, a Google e a Meta, rapidamente tornaram-se nos players dominantes no sector, facturando centenas de milhões de dólares todos os anos. O Facebook sozinho atingiu dois mil milhões de utilizadores activos diários.
Mas, em 2022, a Meta, viu a sua receita de publicidade cair pela primeira vez. Enfrenta hoje, problemas causados pela inflação que corroem os orçamentos dos anunciantes e a concorrência acirrada de aplicações como o TikTok. Os utilizadores passam agora menos tempo nas plataformas da Meta.
A empresa também está a sofrer com as mudanças reguladoras introduzidas pela Apple, restritivas da capacidade das redes sociais recolherem dados do utilizador para vender espaços publicitários ultra direccionados.
Esses factores já levaram outras redes, do Reddit ao Snapchat, a lançar planos pagos. O Twitter criou o “Blue”, uma assinatura paga, para autenticar a conta, fazer os tweets aparecerem com prioridade nas visualizações e receber menos publicidade, entre outras vantagens.
O preço,das assinaturas do Blue e Meta Verified, muda consoante a subscrição é feita na web ou na aplicação móvel, devido às comissões cobradas pelo iOS (Apple) nos iPhones e Google nos smartphones operados pelo sistema. Os utilizadores pagarão 11,99 dólares por mês pelo Meta Verified na web ou 14,99 por mês no iOS ou Android.
A Meta, implementou recentemente um plano de restruturação que implicou corte de 13% da sua força de trabalho e Mark Zuckerberg, disse no início deste mês que, queria menos gerentes em “níveis médios”. O ano de 2023 será o ano da “eficiência”, prometeu.