A revista norte-americana The New Yorker redefiniu a estratégia para as suas newsletters e os resultados têm sido positivos, noticia o Digiday.

Duas das iniciativas com mais impacto têm sido o envio de menos emails para os subscritores das newsletters e o acesso antecipado a alguns conteúdos para quem tem assinatura paga.

Como resultado, a revista têm visto aumentar o número de visualizações de página no site e o tempo de leitura por parte dos leitores das newsletters.

Actualmente, a newsletter diária tem mais de dois milhões de subscritores, segundo Jessanne Collins, directora das newsletters da publicação, que conta com 1,2 milhões de assinantes pagos.

Menos emails enviados

Há cerca de um ano, a The New Yorker decidiu reduzir o número de emails e apostar em newsletters que aumentassem o envolvimento dos leitores.

Nesse sentido, a newsletter dedicada aos temas “News & Politics” (notícias e política) passou a ser enviada apenas duas vezes por semana, com selecção de temas feita por um editor, enquanto antes, às vezes, chegavam a ser cinco emails por semana com notificações automatizadas.

Aplicando o mesmo princípio a outros temas, a revista passou a disponibilizar 10 newsletters, em vez das 18 que tinha há dois anos.

Quanto a resultados, o volume de emails da newsletter “News & Politics” descresceu 65%, ao mesmo tempo que o número de visualizações de página vindas destas mensagens aumentou 35% e o tempo passado no site cresceu 51%, referiu Jessanne Collins.

Conteúdos exclusivos antecipados

No seguimento desta mudança estratégica, a The New Yorker passou a enviar emails exclusivos para os leitores com assinatura paga com conteúdo que ainda não está publicado noutras plataformas, como forma de reter os actuais assinantes e de cativar novos clientes.

Quanto ao risco de estes emails serem partilhados com leitores que não pagam assinatura, a directora da secção de newsletters não está preocupada, porque essas pessoas podem acabar por se tornar subscritoras elas mesmas.

“O nosso objectivo com as newsletters é impulsionar o envolvimento dos leitores com a marca, o nosso conteúdo e a fidelidade ao longo do tempo, para que consigamos converter utilizadores em subscritores com assinatura paga”, remata Jessanne Collins.

(Créditos da imagem: site da revista The New Yorker)